Deveres Virtuosos
Os nossos hábitos tornam-se virtudes graças a uma transposição livre no domínio do dever, pelo facto de trazermos a inviolabilidade nos conceitos; os nossos hábitos tornam-se virtudes pelo facto de acharmos menos importante o bem particular que a sua inviolabilidade - por consequência pelo sacrifício do indivíduo ou pelo menos pela possibilidade entrevista de um tal sacrifício. - Quando o indivíduo se considera pouco importante começa o domínio das virtudes e das artes - o nosso mundo metafísico. O dever seria particularmente puro se na essência das coisas nada correspondesse ao facto moral.
Friedrich Nietzsche, in 'O Último Filósofo'