O IndivÃduo e a Colectividade
Em vez de afirmarmos os direitos do Homem através dos indivÃduos, começámos a falar dos direitos da Colectividade. Vimos introduzir-se insensivelmente uma moral do Colectivo que negligencia o Homem. Esta moral explicará claramente por que razão o indivÃduo se deve sacrificar à Comunidade. Já não explicará, sem artifÃcios de linguagem, por que razão uma Comunidade se deve sacrificar por um só homem. Por que razão é equitativo que mil morram para libertar um só da prisão da injustiça. Ainda nos lembramos disso, mas esquecemo-lo pouco a pouco. E, no entanto, é neste princÃpio, pelo qual nos distinguimos tão claramente da formiga, que reside acima de tudo a nossa grandeza.
Antoine de Saint-Exupéry, in 'Piloto de Guerra'