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Alfredo Brochado

Portugal
3 Fev 1897 // 16 Mai 1949
Poeta
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14 Poemas

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Mãe (1)

I/ / Dantes, quando a deixava,/ As férias já no fim,/ Ela vinha à janela/ Despedir-se de mim./ / Depois, quando na estrada,/ Olhava para trás,/ Deitava-me ainda a benção/ Para que eu fosse em paz./ /...

Confissão (2)

Vivo um drama interior./ Já nele pouco a pouco me consumo./ E de tanto te buscar,/ Mas sem nunca te encontrar,/ Sou como um barco sem leme,/ Que perdesse o rumo,/ No alto mar./ / Da minha vida, assim...

Meu Coração eu Perdi-o (3)

Meu coração eu perdi-o,/ Não era meu entreguei-o/ Às tristes águas do rio,/ Para o levar ao teu seio./ / E o rio que ao longe chora,/ Foi-to levar a correr,/ E por mais que eu faça, agora,/ Já não o ...
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Quimeras (4)

Há na minha vida quimeras distantes,/ Quais nuvens errantes, em dias atrozes./ Eu corro atrás delas, mas elas, por fim,/ Perdem-se de mim, no horizonte, velozes./ / Há no meu diário silenciosas dores...

Insónia (5)

Noite calada, como num lamento,/ A voz das coisas ponho-me a escutar,/ E ela vai, vai subindo ao Firmamento,/ Num murmúrio constante, a soluçar./ / Noites de Outono, como chora o vento.../ Noites sem...

Ciúme (6)

Vão decorrendo as horas, vão-se os dias,/ Mas como outrora ela não vem. Ciúme?/ Olho em redor de mim, meu pobre lume,/ São tudo cinzas mortas, cinzas frias./ / Bateu o relógio as horas do costume,/ E...
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Fantasia (7)

Há uma mulher em toda a minha vida,/ Que não se chega bem a precisar./ Uma mulher que eu trago em mim perdida,/ Sem a poder beijar./ / Há uma mulher na minha vida inquieta./ Uma mulher? Há duas, muit...

Imperfeição (8)

Sou eu poeta? Às vezes, penso e digo,/ Não sou poeta, não./ Não sou poeta porque não consigo/ Vencer o que em mim há de imperfeição./ / Sou eu poeta? E muitas vezes penso/ E sinto que o não sou./ Ser...

Ex-Voto (9)

Anda a tua saudade ao pé de mim,/ E porque a tenho já por companheira,/ Eu começo a pensar, e penso, enfim,/ Que te hei-de ver um dia à minha beira./ / Posso lá acreditar que toda a tua esperança,/ O...

Súplica (10)

Mortos que em certas horas me falais/ Com a vossa mudez ou murmúrios subtis,/ Dizei: Custa muito morrer?/ Há lá, por esse mundo, uma outra vida,/ Que valha a pena viver?/ / Mortos que em certas horas...
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