O amor tem a sua origem no primeiro dos instintos de todos os animais: o de preservação da espécie. E, sem lhe roubar uma gota sequer da sua força animal, a história e a cultura humanas deram-lhe forma (...). Mas o facto é que, tal como o concebemos hoje, o amor é uma construção cultural, histórica, civilizacional. Essa dupla raiz - animal e civilizacional - faz do amor um dos elementos mais complexos e misteriosos daquilo que somos. E tão difÃcil nos é lidar com tamanha e tão misteriosa complexidade que, à s vezes, chamamos de amor ao que não passa de vaidade.
Jornal de Negócios
/ 20050705