A inveja patológica demonstra o desejo de posse de algo, só existente pelo sentido de ausência, de perda, em que o bom é projectado para o que é do outro, sendo o mau posto por inteiro no próprio. A inveja pressupõe então um desejo de posse para a aniquilação ou destruição do que é invejado e, segundo interpretações da psicologia clássica, pode ser lida como uma forma de expressão da pulsão de morte, uma vez que a sua existência em larga escala não amplia, não transforma, não elabora nada da própria pessoa ou dos outros: apenas se apropria e extingue.
Público
/ 20050203