António Lobo Antunes

Portugal
n. 1 Set 1942
Escritor/Psiquiatra

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125 Citações

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As razões por que se gosta dos livros são muito variáveis. De uns gosta-se deles em si, de outros gosta-se por razões mais afectivas, de outros ainda pela forma como foram recebidos pelas pessoas. Embora de uma forma diferente, acaba-se por gostar de todos, senão não os publicávamos.

Jornal de Letras, Artes e Ideias (1992)
É uma dificuldade minha, a de fazer diálogos. Como sou um lírico, faço tudo carregado de autobiografia. Às vezes o que as pessoas pensam que é bom tem a ver com estratagemas nossos. No fundo não é uma técnica, é uma defesa das nossas dificuldades.

Jornal de Letras, Artes e Ideias (1990)
O Jorge Amado dizia-me, há tempos, que conhecia muitos editores ricos, mas escritores não. Gastamos muito em impostos e pagamos tudo aquilo que o agente investe em nós.

Jornal de Letras, Artes e Ideias (1990)
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Queixo-me da ausência de democracia, da autocracia, do autoritarismo do partido que está no Governo. Queixo-me da arrogância da falta de diálogo.

Semanário (1988)
A primeira frase é sempre a mais difícil. Às vezes demora muito tempo.

Expresso (1986)
Está a perguntar como trabalho? Faço um plano detalhado com os capítulos todos, as personagens todas. Uma espécie de mapa do que vai acontecendo nos diversos capítulos.

Expresso (1986)
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Quando uma pessoa acaba por ter tão pouco tempo para estar com os amigos, para escrever as suas histórias, isso acaba por nos fechar, por nos tornar tímidos, introvertidos e por vezes até com dificuldade de relação.

Expresso (1986)
Nós, como escritores, somos muito egoístas; há uma faceta muito egoísta em nós. Era aquilo a que o Camus chamava «o egoísmo do escritor».

Jornal de Letras, Artes e Ideias (1985)
O ser humano não é assim tão vário; tão vário como se pretende. Nota que os livros são sempre os mesmos, infelizmente. Pintores, cineastas, músicos, escritores, poetas tratam sempre os mesmos assuntos, tentam analisar, sempre, as mesmas obsessões.

Jornal de Letras, Artes e Ideias (1985)
Penso, cada vez mais, que um romance tem de contar uma boa história; boa e bem contada. Quanto à Agustina e ao Vergílio Ferreira, estou farto de Faulkners do Minho e de Sartres de Fontanelas, e ainda por cima maus.

Jornal de Letras, Artes e Ideias (1985)
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