Florbela Espanca

Portugal
8 Dez 1894 // 8 Dez 1930
Poetisa

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230 Citações

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Prefiro o animal ao homem, o instinto ao raciocínio; o instinto dá-me o fruto, o raciocínio o canalha!

Pensamentos (manuscrito)
Sou egoísta? Serei, mas como eu sou sincera! No Mundo, passo por todos, vendo alguns; na vida, esqueço-me de quase todos, esquecendo-me de mim. Quase tudo me é indiferente. Aqueles com quem lido dão-me às vezes a ideia de sombras, de fantasmas, de manequins, não me parecem iguais a mim, e tenho às vezes a impressão de que toda essa gente que passa por mim nas ruas, vai desaparecer como figurantes de mágicas.

Correspondência (1920)
De ti gosto muito e porque vejo em ti aquilo que nunca encontrei: a máxima lealdade com a máxima ternura, feita de verdadeiro interesse pela minha felicidade, tanto como pela tua. Impossível pedir mais a um homem que é o animal mais egoísta que pisa a terra!

Correspondência (1920)
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A águia, será uma águia a valer ou simplesmente um milhafre?

Diário do Último Ano
Não me enleiem mais com filosofias, com arguições e com queixas. (...) Eu não sei o que é a justiça, eu não sei o que é a verdade, eu não sei o que é o amor, eu não sei nada.

Correspondência (1918)
Tenho tanta paciência para festas! Se me vejo na nossa casinha não acredito e parece-me que sem ti, por querer, nunca mais irei para parte alguma.

Correspondência (1921)
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Lutar pela felicidade não vale a pena: somos todos de antemão os vencidos.

Pensamentos (Manuscrito)
Queria tanto saber porque sou Eu! Quem me enjeitou neste caminho escuro? Queria tanto saber porque seguro nas minhas mãos o bem que não é meu!

Citado por Agustina Bessa-Luís
Para mim? Para ti? Para ninguém. Quero atirar para aqui, negligentemente, sem pretensões de estilo, sem análises filosóficas, o que os ouvidos dos outros não recolhem: reflexões, impressões, ideias, maneiras de ver, de sentir — todo o meu espírito paradoxal, talvez frívolo, talvez profundo.

Diário do Último Ano
Não tenho forças, não tenho energia, não tenho coragem para nada. Sinto-me afundar. Sou o ramo de salgueiro que se inclina e diz que sim a todos os ventos.

Diário do Último Ano
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