A Vontade de Poder

por: Friedrich Wilhelm Nietzsche
Alemanha
15 Out 1844 // 25 Ago 1900
Filósofo

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A moral é, essencialmente, um meio de defesa; como tal, ela é um símbolo do crescimento incompleto do homem couraçado, estóico.
Como a ilusão da espécie, a moral força o indivíduo a sacrificar-se pelo futuro: atribui-lhe, aparentemente, um valor infinito, para que, com a consciência do seu valor, tiranize as outras tendências da sua natureza, o subjugue e o impeça de estar satisfeito consigo.
A moral é a teoria da hierarquia entre os homens e, por consequência, também do valor dos seus actos e das suas obras, em referência a essa hierarquia. Ela é pois a teoria dos juízos humanos de valor relativos a tudo o que é humano.
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Toda a moral consiste na glorificação de si mesmo. Há até uma espécie de homens que se comprazem com o que são e com a forma como vivem e chegam a afastar a influência de homens de «raça» diferente, que sentem inferior à deles.
Tenho por primeiro princípio: não há fenómenos morais, mas sim uma interpretação moral desses fenómenos. Essa mesma interpretação não é, por si, de origem moral.
É preciso ser-se imoral para pôr a moral em acção. Os meios dos moralistas são os meios mais asquerosos que alguma vez foram usados. Quem não tiver a coragem de ser imoral, pode até servir para tudo, excepto dar em moralista.
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Os juízos morais são epidemias que pouco tempo duram.
Sendo a moral o único esquema de interpretação que permite ao homem tolerar-se, não será ela então uma espécie de orgulho?
O nosso sentimento moral é uma síntese, um concerto de todos os sentimentos dominados e subalternos que têm reinado na história dos nossos antepassados.
Toda a moral não é, no fundo, senão uma forma depurada de medidas desenvolvidas por toda a vida orgânica para se adaptar e, conjuntamente, se alimentar e conseguir poder.
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