A vida tem a incoerência dum sonho. E quem sabe se realmente estaremos a dormir e a sonhar e acabaremos por despertar um dia? Será a esse despertar que os católicos chamam Deus?
Nem o perfume dos cravos,/ Nem a cor das violetas,/ Nem o brilho das estrelas,/ Nem o sonhar dos poetas,//
Pode igualar a beleza/ Da primorosa flor,/
Que abre na tua boca/ O teu riso encantador.
Eu creio que para se fazer uma obra literária temos simplesmente que sonhar a nossa própria vida - um sonho onde a imaginação e a memória se confundam.
Precisamos de sonhar e de materializar os nossos sonhos. Os sonhos só se tornam realidade quando são irrigados pelo suor. Sem transpiração os sonhos tornam-se miragens.