As grandes mudanças da história realizaram-se quando a realidade foi vista não a partir do centro, mas da periferia. É uma questão hermenêutica: compreende-se a realidade apenas quando se olha da periferia, e não quando o nosso olhar se coloca num centro equidistante de tudo.
Para compreender verdadeiramente a realidade, devemos deslocar-nos da posição central e dirigirmo-nos para a zona periférica. Estar na periferia ajuda a ver e a compreender melhor, a fazer uma análise mais correcta da realidade, sendo avesso ao centralismo e às abordagens ideológicas.
Quem trabalha com os jovens não pode fechar-se, dizendo coisas demasiado vulgares e estruturadas como um tratado, porque estas coisas afastam-nos. É preciso uma nova linguagem, um novo modo de dizer as coisas.
É necessário considerar que a linguagem dos jovens em formação actualmente é diferente da dos que os precederam: vivemos uma mudança de época. A formação é uma obra artesanal, não policial. Devemos formar o coração. De outro modo, formamos pequenos monstros.
Se numa comunidade não se sofrem conflitos, isso quer dizer que falta alguma coisa. A realidade diz que em todas as famílias e em todos os grupos humanos existe o conflito. E o conflito deve ser assumido: não deve ser ignorado. Se encoberto, cria tensão, e depois explode. Uma vida sem conflitos não é vida.
Às vezes somos muito cruéis. Vivemos a tentação comum de criticar para satisfação pessoal ou para provocar uma vantagem pessoal. Às vezes, as crises da fraternidade devem-se à fragilidade da personalidade.
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