António Vieira

Portugal
6 Fev 1608 // 18 Jul 1697
Padre/Escritor

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Tudo conquista o amor, quando conquista uma alma, porém o primeiro rendido é o entendimento.
O amor deixará de variar, se for firme, mas não deixará de tresvariar, se é amor.
Quem ama porque o amam, é agradecido; quem ama para que o amem, é interesseiro; quem ama, não porque o amam nem para que o amem, esse só é fino.
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Não é amante quem morre porque amou, senão quem amou para morrer.
O amor sempre é amoroso, mas umas vezes é amoroso e unitivo, outras vezes amoroso e forte. Enquanto amoroso e unitivo, ajunta os extremos mais distantes; enquanto amoroso e forte, divide os extremos mais unidos.
Quem quiser apurar os quilates do amor, toque o amor do que se ama com o amor do que se deixa, e logo conhecerá quão fino é.
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A propriedade da quantidade é poder-se sempre dividir e a propriedade do amor é querer-se sempre dar todo.
Quem padece muito pelo que muito ama, a sua cruz é a sua glória.
O amor acredita-se no supérfluo: quem ama pouco, contenta-se com o que basta: quem ama muito, contenta-se com o que sobeja; e quem ama mais que muito, nem com o que basta nem com o que sobeja se contenta, ainda sobe mais, ainda passa mais adiante.
Entregar o coração com os olhos abertos, é querer a vista por prémio do amor: entregar o coração com os olhos fechados, é não querer no amor nem o prémio da vista.
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