Uma coisa que gostaria de ver em Portugal e que ainda não vejo na plenitude: o entendimento de que as instituições são um depósitum de princípios, de valores, que têm de ser transmitidos intactos ou, tanto quanto possível, aperfeiçoados às gerações seguintes; e que estão claramente acima das pessoas. Uma das coisas que sempre me intrigaram é como é que pessoas proeminentes na vida política não entendem isso, e não reconhecem que a sua permanência em cargos ou posições de destaque acaba por ser prejudicial às instituições. Apesar, muitas vezes, da injustiça do juízo que se faz do seu desempenho.
Entrevista Jornal Negócios (2012)