Alberto Caeiro
(Heterónimo de Fernando Pessoa)

Portugal
n. 16 Abr 1889
Poeta

Publicidade

116 Poemas

<<

Só a Natureza é Divina, e Ela não é Divina... (111)

Só a natureza é divina, e ela não é divina.../ Se falo dela como de um ente/ É que para falar dela preciso usar da linguagem dos/ homens/ Que dá personalidade às cousas,/ E impõe nome às cou...

Num Dia Excessivamente Nítido (112)

Num dia excessivamente nítido,/ Dia em que dava a vontade de ter trabalhado muito/ Para nele não trabalhar nada,/ Entrevi, como uma estrada por entre as árvores,/ O que talvez seja o Grande Segred...

Ninguém o Tinha Amado, Afinal (113)

O pastor amoroso perdeu o cajado,/ E as ovelhas tresmalharam-se pela encosta,/ E de tanto pensar, nem tocou a flauta que trouxe pira tocar./ Ninguém lhe apareceu ou desapareceu./ Nunca mais encontro...
Publicidade

Pouco a Pouco o Campo se Alarga e se Doura (114)

Pouco a pouco o campo se alarga e se doura./ A manhã extravia-se pelos irregulares da planície./ Sou alheio ao espetáculo que vejo: vejo-o,/ É exterior a mim. Nenhum sentimento me liga a ele./ E ...

Como um Grande Borrão de Fogo Sujo (115)

Como um grande borrão de fogo sujo/ O sol posto demora-se nas nuvens que ficam./ Vem um silvo vago de longe na tarde muito calma./ Deve ser dum comboio longínquo./ Neste momento vem-me uma vaga sau...

A Natureza é Bela e Antiga (116)

Os pastores de Virgílio tocavam avenas e outras cousas/ E cantavam de amor literariamente./ (Depois — eu nunca li Virgílio./ Para que o havia eu de ler?)/ Mas os pastores de Virgílio, coitados, ...
Publicidade

<<

Publicidade

Inspirações

A Casa Onde Moramos

Publicidade

© Copyright 2003-2025 Citador - Todos os direitos reservados | SOBRE O SITE