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António Barbosa Bacelar

Portugal
1610 // 1663
Poeta

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6 Poemas



A uma Ausência (1)

Sinto-me, sem sentir, todo abrasado/ No rigoroso fogo que me alenta;/ O mal, que me consome, me sustenta;/ O bem, que me entretém, me dá cuidado./ / Ando sem me mover, falo calado;/ O que mais perto ...

A umas Saudades (2)

Saudades de meu bem, que noite e dia/ A alma atormentais, se é vosso intento/ Acabardes-me a vida com tormento,/ Mais lisonja será que tirania./ / Mas, quando me matar vossa porfia,/ De morrer tenho ...

Retrato de um Bêbado (3)

Perdi-me vendo a pipa, o torno aberto;/ Minha alma está metida em vinho tinto;/ Tão bêbado estou que já não sinto/ Ser bêbado coberto ou encoberto./ / Tenho a cama longe, o sono perto,/ No chão estou...
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Amoroso Desdém num Belo Agrado (4)

Amoroso desdém num belo agrado,/ No mais duro ferir um doce jeito,/ Tirania suave em brando aspeito,/ Olhos de fogo em coração nevado,/ / No vestir um asseio descuidado,/ Ingratidão amável no respeit...

A uma Dama (5)

Por fazer lisonja às flores/ De flores touca o cabelo/ Nise, a gala do donaire,/ Nise, a glória dos desejos./ Invejosas as estrelas/ Murmuraram tanto emprego,/ Se as não contentara Nise/ Com tê-las n...

À Variedade do Mundo (6)

Este nasce, outro morre, acolá soa/ Um ribeiro que corre, aqui suave,/ Um rouxinol se queixa brando e grave,/ Um leão c'o rugido o monte atroa./ / Aqui corre uma fera, acolá voa/ C'o grãozinho na boc...
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