Fernando Pessoa

Portugal
13 Jun 1888 // 30 Nov 1935
Poeta

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90 Poemas

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Gomes Leal (81)

Sangra, sinistro, a alguns o astro baço./ Seus três anéis irreversíveis são/ A desgraça, a tristeza, a solidão./ Oito luas fatais fitam no espaço./ / Este, poeta, Apolo em seu regaço/ A Satu...

Brilha uma Voz na Noute... (82)

Brilha uma voz na noute/ De dentro de Fora ouvi-a.../ Ó Universo, eu sou-te.../ Oh, o horror da alegria/ Deste pavor, do archote/ Se apagar, que me guia!/ / Cinzas de idéia e de nome/ Em mim, e a v...

Bate a Luz no Cimo... (83)

Bate a luz no cimo/ Da montanha, vê.../ Sem querer eu cismo/ Mas não sei em quê..../ / Não sei que perdi/ Ou que não achei.../ Vida que vivi,/ Que mal eu a amei !.../ / Hoje quero tanto/ Que o n...
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Elas São Vaporosas (84)

Elas são vaporosas,/ Pálidas sombras, as rosas/ Nadas da hora lunar.../ / Vêm, aéreas, dançar/ Com perfumes soltos/ Entre os canteiros e os buxos.../ Chora no som dos repuxos/ O ritmo que há no...

Andei Léguas de Sombra (85)

Andei léguas de sombra/ Dentro em meu pensamento./ Floresceu às avessas/ Meu ócio com sem-nexo,/ E apagaram-se as lâmpadas/ Na alcova cambaleante./ / Tudo prestes se volve/ Um deserto macio/ Vist...

Cessa o Teu Canto! (86)

Cessa o teu canto!/ Cessa, que, enquanto/ O ouvi, ouvia/ Uma outra voz/ Com que vindo/ Nos interstícios/ Do brando encanto/ Com que o teu canto/ Vinha até nós./ / Ouvi-te e ouvi-a/ No mesmo tempo/...
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Ela Ia, Tranquila Pastorinha (87)

Ela ia, tranquila pastorinha,/ Pela estrada da minha imperfeição./ Segui-a, como um gesto de perdão,/ O seu rebanho, a saudade minha.../ / Em longes terras hás de ser rainha / Um dia lhe dissera...

Como uma Voz de Fonte que Cessasse (88)

Como uma voz de fonte que cessasse/ (E uns para os outros nossos vãos olhares/ Se admiraram), p’ra além dos meus palmares/ De sonho, a voz que do meu tédio nasce/ / Parou... Apareceu já sem dis...

Entre o Bater Rasgado dos Pendões (89)

Entre o bater rasgado dos pendões/ E o cessar dos clarins na tarde alheia,/ A derrota ficou: como uma cheia/ Do mal cobriu os vagos batalhões./ / Foi em vão que o Rei louco os seus varões/ Trouxe...

De Onde é quase o Horizonte (90)

De onde é quase o horizonte/ Sobe uma névoa ligeira/ E afaga o pequeno monte/ Que pára na dianteira./ / E com braços de farrapo/ Quase invisíveis e frios,/ Faz cair seu ser de trapo/ Sobre os co...
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