Joaquim Maria Machado de Assis
Brasil
21 Jun 1839 // 29 Set 1908
Escritor
21 Jun 1839 // 29 Set 1908
Escritor
30 Poemas
<<As Ventoinhas (21)
A mulher é um catavento,/ Vai ao vento,/ Vai ao vento que soprar;/ Como vai também ao vento/ Turbulento,/ Turbulento e incerto o mar./ / Sopra o sul: a ventoinha/ Volt...
A Elvira (22)
(Lamartine)/ / Quando, contigo a sós, as mãos unidas,/ Tu, pensativa e muda; e eu, namorado,/ Às volúpias do amor a alma entregando,/ Deixo correr as horas fugidias;/ Ou quando ‘as solidões de...
Lágrimas de Cera (23)
Passou; viu a porta aberta./ Entrou; queria rezar./ A vela ardia no altar./ A igreja estava deserta./ / Ajoelhou-se defronte/ Para fazer a oração;/ Curvou a pálida fronte/ E pôs os olhos no chão...
Lúcia (24)
(Alfred de Musset)/ / Nós estávamos sós; era de noite;/ Ela curvara a fronte, e a mão formosa,/ Na embriaguez da cisma,/ Tênue deixava errar sobre o teclado;/ Era um murmúrio; parecia...
Flor da Mocidade (25)
Eu conheço a mais bela flor;/ És tu, rosa da mocidade,/ Nascida, aberta para o amor./ Eu conheço a mais bela flor./ Tem do céu a serena cor,/ E o perfume da virgindade./ Eu conheço a mais bela f...
Musa Consolatrix (26)
Que a mão do tempo e o hálito dos homens/ Murchem a flor das ilusões da vida,/ Musa consoladora,/ É no teu seio amigo e sossegado/ Que o poeta respira o suave sono./ / Não hÃ...
A Jovem Cativa (27)
(André Chenier)/ / — “Respeita a foice a espiga que desponta;/ Sem receio ao lagar o tenro pâmpano/ Bebe no estio as lágrimas da aurora;/ Jovem e bela também sou; turvada/ A hora presente de ...
RuÃnas (28)
Cobrem plantas sem flor crestados muros;/ Range a porta anciã; o chão de pedra/ Gemer parece aos pés do inquieto vate./ RuÃna é tudo: a casa, a escada, o horto,/ SÃtios caros da infância./ ...
Cantiga do Rosto Branco (29)
Rico era o rosto branco; armas trazia,/ E o licor que devora e as finas telas;/ Na gentil Tibeima os olhos pousa,/ E amou a flor das belas./ / “Quero-te!†disse à cortesã da aldeia;/ ...
Embirração (30)
(A Machado de Assis)/ / A balda alexandrina é poço imenso e fundo,/ Onde poetas mil, flagelo deste mundo,/ Patinham sem parar, chamando lá por mim./ Não morrerão, se um verso, estiradinho assim,...
