O barco parte em silêncio/ a alma é aventura/ navegar/ sem cartas sem rumo/ e desta viagem nocturna/ q...

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Quando tudo te parece perdido/ escuta a vida/ o silêncio da vida murmurando —/ poderei sorver minha seiva/ sob o áspero pó das ruínas/ / ...

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O muito que me recusam,/ dá-me o poema/ em seu corpo de ar./ / A alma faz o que não existe/ e da sombra pousada sobre os olhos/ vai desenhando a figura além do alcance das mãos./ / É pouco, é b...

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Quem nos contará/ o que o morto sabia/ mas não disse?/ Quem há-de escrever as cartas/ que o morto não escreveu?/ Qual de nós poderá lembrar-se/ de quem só o morto ainda tinha lembrança?/ Quem...

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Quando uma ideia é sangue/ Somos um só. Nela eu vivo e ela em mim,/ Jamais poderão separar-nos,/ Mesmo abandonando à rosa dos ventos/ Meu corpo dividido./ / José Paulo Moreira da Fonseca, in ...

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