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José Régio

Portugal
17 Set 1901 // 22 Dez 1969
Escritor/Poeta

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15 Poemas

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Cântico Negro (1)

Vem por aqui - dizem-me alguns com os olhos doces/ Estendendo-me os braços, e seguros/ De que seria bom que eu os ouvisse/ Quando me dizem: vem por aqui! / Eu olho-os com olhos lassos,/ (Há, nos o...

Soneto de amor (2)

Não me peças palavras, nem baladas,/ Nem expressões, nem alma... Abre-me o seio,/ Deixa cair as pálpebras pesadas,/ E entre os seios me apertes sem receio./ / Na tua boca sob a minha, ao meio,/ Nossa...

Sabedoria (3)

Desde que tudo me cansa, / Comecei eu a viver. / Comecei a viver sem esperança... / E venha a morte quando / Deus quiser. / / Dantes, ou muito ou pouco, / Sempre esperara: / Às vezes, tanto, que o me...
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Poema do Silêncio (4)

Sim, foi por mim que gritei./ Declamei,/ Atirei frases em volta./ Cego de angústia e de revolta./ / Foi em meu nome que fiz,/ A carvão, a sangue, a giz,/ Sátiras e epigramas nas paredes/ Que não vi s...

Fado Português (5)

O Fado nasceu um dia,/ quando o vento mal bulia/ e o céu o mar prolongava,/ na amurada dum veleiro,/ no peito dum marinheiro/ que, estando triste, cantava,/ que, estando triste, cantava./ / Ai, que l...

Pecado Original (6)

Sim, Mãe! sim, quanta vez te vi chorar...,/ Sem desistir de te fazer sofrer!/ Gozava então nem sei que atroz prazer/ De te arranhar no peito... e me arranhar./ / Mas quis lutar comigo, Mãe! lutar/ Co...
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Testamento do Poeta (7)

Todo esse vosso esforço é vão, amigos: / Não sou dos que se aceita... a não ser mortos. / Demais, já desisti de quaisquer portos;/ Não peço a vossa esmola de mendigos. / / O mesmo vos direi, sonhos a...

Ignoto Deo (8)

Desisti de saber qual é o Teu nome,/ Se tens ou não tens nome que Te demos,/ Ou que rosto é que toma, se algum tome,/ Teu sopro tão além de quanto vemos./ / Desisti de Te amar, por mais que a fome/ D...

O Amor e a Morte (9)

Canção cruel / / Corpo de ânsia. / Eu sonhei que te prostrava, / E te enleava / Aos meus músculos! / / Olhos de êxtase, / Eu sonhei que em vós bebia / Melancolia / De há séculos! / / Boca sôfrega, / ...

Natal (10)

Mais uma vez, cá vimos / Festejar o teu novo nascimento, / Nós, que, parece, nos desiludimos/ Do teu advento!/ / Cada vez o teu Reino é menos deste mundo! / Mas vimos, com as mãos cheias dos nossos p...
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