Luís Vaz de Camões

Portugal
1524 // 10 Jun 1580
Poeta

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68 Poemas

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Lembranças Saudosas (31)

Lembranças saudosas, se cuidais/ De me acabar a vida neste estado,/ Não vivo com meu mal tão enganado,/ Que não espere dele muito mais./ / De longo tempo já me costumais/ A viver de algum bem de...

Vos Foi Beijar na Parte Onde se Via (32)

O fogo que na branda cera ardia,/ Vendo o rosto gentil, que eu na alma vejo,/ Se acendeu de outro fogo do desejo/ Por alcançar a luz que vence o dia./ / Como de dois ardores se incendia,/ Da grande ...

Lágrimas de Honesta Piedade e Imortal Contentamento (33)

Amor, que o gesto humano na alma escreve,/ Vivas faíscas me mostrou um dia,/ Donde um puro cristal se derretia/ Por entre vivas rosas a alva neve./ / A vista, que em si mesma não se atreve,/ Por se...
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Que Amor Fez sem Remédio, o Tempo, os Fados? (34)

Depois de tantos dias mal gastados,/ Depois de tantas noites mal dormidas,/ Depois de tantas lágrimas vertidas,/ Tantos suspiros vãos vãmente dados,/ / Como não sois vós já desenganados,/ Desej...

O Capitão Ilustre, e Assinalado, Dom Fernando de Castro (35)

Debaixo desta pedra está metido,/ Das sanguinosas armas descansado,/ O Capitão ilustre, e assinalado,/ Dom Fernando de Castro, e esclarecido./ / Este por todo o Oriente tão metido,/ Este da próp...

A Vós Seu Resplendor Deu Sol e Lua (36)

Pelos raros extremos que mostrou/ Em sábia Palas, Vénus em formosa,/ Diana em casta, Juno em animosa,/ África, Europa e Ásia as adorou./ / Aquele saber grande que juntou/ Espírito e corpo em lig...
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Ditosa Ave (37)

Quem fosse acompanhando juntamente/ Por esses verdes campos a avezinha,/ Que despois de perder um bem que tinha,/ Não sabe mais que cousa é ser contente!/ / E quem fosse apartando-se da gente,/ Ela...

Pede o Desejo, Dama, que Vos Veja (38)

Pede o desejo, Dama, que vos veja:/ Não entende o que pede; está enganado./ É este amor tão fino e tão delgado,/ Que quem o tem não sabe o que deseja./ / Não há cousa, a qual natural seja,/ Q...

O Mágico Veneno (39)

Um mover de olhos, brando e piedoso,/ Sem ver de quê; um riso brando e honesto,/ Quase forçado; um doce e humilde gesto,/ De qualquer alegria duvidoso;/ / Um despejo quieto e vergonhoso;/ Um repous...

Com Tornar-vos a Ver Amor me Cura (40)

Ferido sem ter cura perecia/ O forte e duro Télefo temido/ Por aquele que na água foi metido,/ E a quem ferro nenhum cortar podia./ / Quando a apolíneo Oráculo pedia/ Conselho para ser restituíd...
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