Luís Vaz de Camões

Portugal
1524 // 10 Jun 1580
Poeta

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68 Poemas

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De quem o mesmo Amor não se Apartava (41)

Já a roxa e clara Aurora destoucava/ Os seus cabelos de ouro delicados,/ E das flores os campos esmaltados/ Com cristalino orvalho borrifava;/ / Quando o formoso gado se espalhava/ De Sílvio e de L...

Doces Despojos de meu Bem Passado (42)

Amor, co'a esperança já perdida/ Teu soberano templo visitei;/ Por sinal do naufrágio que passei,/ Em lugar dos vestidos, pus a vida./ / Que mais queres de mim, pois destruída/ Me tens a glória ...

Nascerão Saudades de Meu Bem (43)

Alegres campos, verdes arvoredos,/ Claras e frescas águas de cristal,/ Que em vós os debuxais ao natural,/ Discorrendo da altura dos rochedos;/ / Silvestres montes, ásperos penedos/ Compostos de c...
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Se as Penas com que Amor Tão Mal me Trata (44)

Se as penas com que Amor tão mal me trata/ Permitirem que eu tanto viva delas,/ Que veja escuro o lume das estrelas,/ Em cuja vista o meu se acende e mata;/ / E se o tempo, que tudo desbarata,/ Seca...

Cara Minha Inimiga (45)

Cara minha inimiga, em cuja mão/ Pôs meus contentamentos a ventura,/ Faltou-te a ti na terra sepultura,/ Por que me falte a mim consolação./ / Eternamente as águas lograrão/ A tua peregrina for...

Para que quero a Glória Fugitiva? (46)

Já é tempo, já, que minha confiança/ Se desça duma falsa opinião;/ Mas Amor não se rege por razão,/ Não posso perder, logo, a esperança./ / A vida sim, que uma áspera mudança/ Não deixa ...
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Mais Há-de Perder quem Mais Alcança (47)

De vós me parto, ó vida, e em tal mudança/ Sinto vivo da morte o sentimento./ Não sei para que é ter contentamento,/ Se mais há-de perder quem mais alcança!/ / Mas dou-vos esta firme seguranç...

Que o Rudo Engenho Meu me Desengana (48)

De tão divino acento em voz humana,/ De elegâncias que são tão peregrinas,/ Sei bem que minhas obras não são dignas,/ Que o rudo engenho meu me desengana./ / Porém da vossa pena ilustre mana/ ...

Imagens são adonde Amor se Adora (49)

Quem pode livre ser, gentil Senhora,/ Vendo-vos com juízo sossegado,/ Se o Menino, que de olhos é privado,/ Nas Meninas dos vossos olhos mora?/ / Ali manda, ali reina, ali namora,/ Ali vive das gen...

Náiades, Vós que os Rios Habitais (50)

Náiades, vós que os rios habitais/ Que os saudosos campos vão regando,/ De meus olhos vereis estar manando/ Outros que quase aos vossos são iguais./ / Dríades, que com seta sempre andais/ Os fug...
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