Luís Vaz de Camões

Portugal
1524 // 10 Jun 1580
Poeta

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68 Poemas

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Quis Deixar-me a que Eu Adoro (51)

Apartava-se Nise de Montano,/ Em cuja alma, partindo-se, ficava,/ Que o pastor na memória a debuxava,/ Por poder sustentar-se deste engano./ / Por ũa praia do Índico Oceano/ Sobre o curvo caja...

Converteu-se-me em Noite o Claro Dia (52)

Apolo e as nove Musas, descantando/ Com a dourada lira, me influíam/ Na suave harmonia que faziam,/ Quando tomei a pena, começando:/ / Ditoso seja o dia e hora, quando/ Tão delicados olhos me feri...

Se Agora não Quereis quem vos Ama (53)

Está-se a Primavera trasladando/ Em vossa vista deleitosa e honesta;/ Nas belas faces, e na boca e testa,/ Cecéns, rosas, e cravos debuxando./ / De sorte, vosso gesto matizando,/ Natura quanto pode...
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Males, que Contra Mim vos Conjurastes (54)

Males, que contra mim vos conjurastes,/ Quanto há-de durar tão duro intento?/ Se dura, por que dure meu tormento,/ Baste-vos quanto já me atormentastes./ / Mas se assim porfiais, porque cuidastes/...

Somente em Ser Mudável Tem Firmeza (55)

Todo animal da calma repousava,/ Só Liso o ardor dela não sentia;/ Que o repouso do fogo, em que ele ardia,/ Consistia na Ninfa que buscava./ / Os montes parecia que abalava/ O triste som das mágo...

Ordena Amor que Morra, e Pene Juntamente (56)

Como fizeste, ó Porcia, tal ferida?/ Foi voluntária, ou foi por inocência?/ É que Amor fazer só quis experiência/ Se podia eu sofrer, tirar-me a vida?/ / E com teu próprio sangue te convida/ A...
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Amor Fero e Cruel, Fortuna Escura (57)

Grão tempo há já que soube da Ventura/ A vida que me tinha destinada,/ Que a longa experiência da passada/ Me dava claro indício da futura./ / Amor fero e cruel, Fortuna escura,/ Bem tendes voss...

Quando Eu Via o Triste Fim que Davam os Meus Amores (58)

O cisne, quando sente ser chegada/ A hora que põe termo à sua vida,/ Harmonia maior, com voz sentida,/ Levanta pela praia inabitada./ / Deseja lograr vida prolongada,/ E dela está chorando a despe...

Trocou Finita Vida por Divina, Infinita e Clara Fama (59)

− Não passes, caminhante! − Quem me chama?/ − Uma memória nova e nunca ouvida,/ De um que trocou finita e humana vida/ Por divina, infinita e clara fama./ / − Quem é que t...

Me Vejo com Memórias Perseguido (60)

Se quando vos perdi, minha esperança,/ A memória perdera juntamente/ Do doce bem passado e mal presente,/ Pouco sentira a dor de tal mudança./ / Mas Amor, em quem tinha confiança,/ Me representa ...
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