Mário de Sá-Carneiro

Portugal
19 Mai 1890 // 26 Abr 1916
Poeta/Contista/Ficcionista

Publicidade

23 Poemas

<< >>

A Queda (11)

E eu que sou o rei de toda esta incoerência,/ Eu próprio turbilhão, anseio por fixá-la/ E giro até partir... Mas tudo me resvala/ Em bruma e sonolência./ / Se acaso em minhas mãos fica um peda...

Inter-Sonho (12)

Numa incerta melodia/ Tôda a minh'alma se esconde/ Reminiscencias de Aonde/ Perturbam-me em nostalgia.../ / Manhã d'armas! Manhã d'armas!/ Romaria! Romaria!/ / . . . . . . . . . . . . . . ./ / Tac...

Distante Melodia (13)

Num sonho d'Iris, morto a ouro e brasa,/ Vem-me lembranças doutro Tempo azul/ Que me oscilava entre véus de tule -/ Um tempo esguio e leve, um tempo-Asa./ / Então os meus sentidos eram côres,/ Na...
Publicidade

Salomé (14)

Insónia rôxa. A luz a virgular-se em mêdo,/ Luz morta de luar, mais Alma do que a lua.../ Ela dança, ela range. A carne, alcool de nua,/ Alastra-se pra mim num espasmo de segrêdo.../ / Tudo é c...

Rodopio (15)

Volteiam dentro de mim,/ Em rodopio, em novelos,/ Milagres, uivos, castelos,/ Forcas de luz, pesadelos,/ Altas tôrres de marfim./ / Ascendem hélices, rastros.../ Mais longe coam-me sois;/ Há promo...

Vislumbre (16)

A horas flébeis, outonais -/ Por magoados fins de dia -/ A minha Alma é água fria/ Em ânforas d'Ouro... entre cristais.../ / Mário de Sá-Carneiro, in 'Indícios de Oiro'...
Publicidade

16 (17)

Esta inconstancia de mim próprio em vibração/ É que me ha de transpôr às zonas intermédias,/ E seguirei entre cristais de inquietação,/ A retinir, a ondular... Soltas as rédeas,/ Meus sonho...

Estátua Falsa (18)

Só de ouro falso os meus olhos se douram;/ Sou esfinge sem mistério no poente./ A tristeza das coisas que não foram/ Na minha'alma desceu veladamente./ / Na minha dor quebram-se espadas de ânsia,...

Apoteose (19)

Mastros quebrados, singro num mar d'Ouro/ Dormindo fôgo, incerto, longemente.../ Tudo se me igualou num sonho rente,/ E em metade de mim hoje só móro.../ / São tristezas de bronze as que inda cho...

Angulo (20)

Aonde irei neste sem-fim perdido,/ Neste mar ôco de certezas mortas? -/ Fingidas, afinal, todas as portas/ Que no dique julguei ter construido.../ / - Barcaças dos meus impetos tigrados,/ Que ocean...
<< >>

Publicidade

Inspirações

Dar e Receber

Publicidade

© Copyright 2003-2025 Citador - Todos os direitos reservados | SOBRE O SITE