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Natália Correia

Portugal
13 Set 1923 // 16 Mar 1993
Poeta

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20 Poemas

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De Amor nada Mais Resta que um Outubro (1)

De amor nada mais resta que um Outubro/ e quanto mais amada mais desisto:/ quanto mais tu me despes mais me cubro/ e quanto mais me escondo mais me avisto./ / E sei que mais te enleio e te deslumbro/...

Ode à Paz (2)

Pela verdade, pelo riso, pela luz, pela beleza,/ Pelas aves que voam no olhar de uma criança,/ Pela limpeza do vento, pelos actos de pureza,/ Pela alegria, pelo vinho, pela música, pela dança,/ Pela ...

O Livro dos Amantes (3)

I/ / Glorifiquei-te no eterno./ Eterno dentro de mim/ fora de mim perecível./ Para que desses um sentido/ a uma sede indefinível./ / Para que desses um nome/ à exactidão do instante/ do fruto que cai...
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O Espírito (4)

Nada a fazer amor, eu sou do bando/ Impermanente das aves friorentas;/ E nos galhos dos anos desbotando/ Já as folhas me ofuscam macilentas;/ / E vou com as andorinhas. Até quando?/ À vida breve não ...

Bilhete para o Amigo Ausente (5)

Lembrar teus carinhos induz/ a ter existido um pomar/ intangíveis laranjas de luz/ laranjas que apetece roubar./ / Teu luar de ontem na cintura/ é ainda o vestido que trago/ seda imaterial seda pura/...

A Arte de Ser Amada (6)

Eu sou líquida mas recolhida/ no íntimo estanho de uma jarra/ e em tua boca um clavicórdio/ quer recordar-me que sou ária/ / aérea vária porém sentada/ perfil que os flamingos voaram./ Pelos canteiro...
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Quanto Mais Amada Mais Desisto (7)

De amor nada mais resta que um Outubro/ e quanto mais amada mais desisto:/ quanto mais tu me despes mais me cubro/ e quanto mais me escondo mais me avisto./ / E sei que mais te enleio e te deslumbro/...

O Poema (8)

O poema não é o canto/ que do grilo para a rosa cresce./ O poema é o grilo/ é a rosa/ e é aquilo que cresce./ / É o pensamento que exclui/ uma determinação/ na fonte donde ele flui/ e naquilo que des...

Falavam-me de Amor (9)

Quando um ramo de doze badaladas/ se espalhava nos móveis e tu vinhas/ solstício de mel pelas escadas/ de um sentimento com nozes e com pinhas,/ / menino eras de lenha e crepitavas/ porque do fogo o ...

Balada para um Homem na Multidão (10)

Este homem que entre a multidão/ enternece por vezes destacar/ é sempre o mesmo aqui ou no japão/ a diferença é ele ignorar./ / Muitos mortos foram necessários/ para formar seus dentes um cabelo/ vai...
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