Vasco Miranda

Portugal
1922 // 1976

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Alimentar-me de Ti

De alimentar-me de Ti como Jonas do ventre da baleia
De inserir-me em teus braços chicoteados de infinitos horizontes
De beijar-Te o rosto como a uma chaga de luz
De amar-Te de um amor qual nunca amado
Na humana carne em que temerário confio
Por uma humanidade possível que o impossível não desmente
Aceito inscrever-me a fogo no teu Rosto
E ser vomitado ao fim do terceiro dia
Na cruz de sol de todos os milénios futuros

Vasco Miranda, in 'Invenção da Manhã'




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