Manuel Maria Barbosa du Bocage

Portugal
15 Set 1765 // 21 Dez 1805
Poeta

Publicidade

Cede a Filosofia à Natureza

Tenho assaz conservado o rosto enxuto
Contra as iras do Fado omnipotente;
Assaz contigo, ó Sócrates, na mente,
À dor neguei das queixas o tributo.

Sinto engelhar-se da constância o fruto,
Cai no meu coração nova semente;
Já me não vale um ânimo inocente;
Gritos da Natureza, eu vos escuto!

Jazer mudo entre as garras da Amargura,
D'alma estóica aspirar à vã grandeza,
Quando orgulho não for, será loucura.

No espírito maior sempre há fraqueza,
E, abafada no horror da desventura,
Cede a Filosofia à Natureza.

Bocage, in 'Rimas'
// Consultar versos e eventuais rimas




Publicidade

Publicidade

Publicidade

Inspirações

Felicidade Pessoal

Publicidade

© Copyright 2003-2025 Citador - Todos os direitos reservados | SOBRE O SITE