Armindo Trevisan

Brasil
n. 1933
Poeta/Teólogo/Ensaísta

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Clareira

Quando depois do amor
ela está estendida
para o céu
e as pernas
reluzem

e a boca
tem o ar
de uma bicicleta junto
a uma macieira

e seu corpo
se move
e os seios
estão no tanque
dentro da sombra

tomo-a
mil vezes
e lhe sopro na boca
o ar
que esfriou na distância
que separa
a fruteira de cristal
dos lábios
que a moldaram

Armindo Trevisan, in 'Abajur de Píndaro e a Fabricação do Real'




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