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Cabral do Nascimento

Portugal
22 Mar 1897 // 2 Mar 1978
Poeta / Professor

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Natal Africano

Não há pinheiros nem há neve,
Nada do que é convendonal,
Nada daquilo que se escreve
Ou que se diz... Mas é Natal.

Que ar abafado! A chuva banha
A terra, morna e vertical.
Plantas da flora mais estranha,
Aves da fauna tropical.

Nem luz, nem cores, nem lembranças
Da hora única e imortal.
Somente o riso das crianças
Que em toda a parte é sempre igual.

Não há pastores nem ovelhas,
Nada do que é tradicional.
As orações, porém, são velhas
E a noite é Noite de Natal.

Cabral do Nascimento, in 'Cancioneiro'




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