O Beijo
Congresso de gaivotas neste céu
Como uma tampa azul cobrindo o Tejo.
Querela de aves, pios, escarcéu.
Ainda palpitante voa um beijo.
Donde teria vindo! (Não é meu...)
De algum quarto perdido no desejo?
De algum jovem amor que recebeu
Mandado de captura ou de despejo?
É uma ave estranha: colorida,
Vai batendo como a própria vida,
Um coração vermelho pelo ar.
E é a força sem fim de duas bocas,
De duas bocas que se juntam, loucas!
De inveja as gaivotas a gritar...
Alexandre O'Neill, in 'No Reino da Dinamarca'
// Consultar versos e eventuais rimas
Como uma tampa azul cobrindo o Tejo.
Querela de aves, pios, escarcéu.
Ainda palpitante voa um beijo.
Donde teria vindo! (Não é meu...)
De algum quarto perdido no desejo?
De algum jovem amor que recebeu
Mandado de captura ou de despejo?
É uma ave estranha: colorida,
Vai batendo como a própria vida,
Um coração vermelho pelo ar.
E é a força sem fim de duas bocas,
De duas bocas que se juntam, loucas!
De inveja as gaivotas a gritar...
Alexandre O'Neill, in 'No Reino da Dinamarca'
// Consultar versos e eventuais rimas
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Outros Poemas de Alexandre O'Neill:
1. Amigo
2. Há Palavras que Nos Beijam
3. O Beijo
4. O Amor é o Amor
5. O Poema Pouco Original do Medo
6. Os Amantes de Novembro
7. Portugal
8. Um Adeus Português
9. Bom e Expressivo
10. Aos Vindouros, se os Houver...
11. Mesa dos Sonhos
12. Toma lá Cinco!
13. E de Novo, Lisboa...
14. Auto-Retrato
15. A Morte, esse Lugar-Comum
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