Sem outra palavra para mantimento
Sem outra força onde gerar a voz
Escada entre o poço que cavaste em mim e a sede
Que cavaste no meu canto, amo-te
Sou cítara para tocar as tuas mãos.
Podes dizer-me de um fôlego
Frase em silêncio
Homem que visitas
Ó seiva aspergindo as partículas do fogo
O lume em toda a casa e na paisagem
Fora da casa
Pedra do edifício aonde encontro
A porta para entrar
Candelabro que me vens cegando.
Sol
Que quando és nocturno ando
Com a noite em minhas mãos para ter luz.

Daniel Faria, in "Dos Líquidos"
// Consultar versos e eventuais rimas

1. Amo-te nesta Ideia Nocturna da Luz nas Mãos
2. Estranho é o Sono que não te Devolve
3. Tenho Saudades do Calor ó Mãe
4. Explicação da Ausência
5. Amo-te no Intenso Tráfego
6. Amo o Caminho que Estendes
7. Ausência
8. Conserto a Palavra
9. Há uma Mulher a Morrer Sentada
10. Eu Peneiro o Espírito e Crivo o Ritmo
11. Sem outra Palavra para Mantimento
12. Quero a Fome de Calar-me
13. Amo-te como um Planeta em Rotação Difusa
14. Amo-te na Carne que Tomaste do Chão que Aplaino