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Cândido da Velha

Portugal
n. 18 Jul 1933
Poeta

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Soneto de Natal

   «E o terceiro Anjo derramou a sua taça nos rios
   e nas fontes, ficando a água da cor do sangue.»
   Apocalipse, 16:4

Não anuncio a paz, mas sim a guerra.
Um. Anjo vingador comigo vem.
Há dois milénios que percorro a Terra
repetindo a mensagem de Belém.

O coração humano endureceu
à força de sentir a Fé perdida.
E o espírito do Bem? Ensurdeceu
no furacão das ambições da vida.

Por isso trago um Anjo vingador
para ferir de morte a semelhança
do lobo disfarçado de cordeiro:

— Que se cuide quem não sentir Amor
pois matará em si essa criança
inocente que um dia foi primeiro.

Cândido da Velha, in 'Florilégio de Natal'




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