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893 Poemas

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Neste Dia Meu Amor (641)

Neste dia meu amor/ os meus dedos são o candelabro que te ilumina/ o único existente./ / E o homem/ sua esfera perdida em mãos alheias/ é o objecto de malabarismo/ o insecto/ voltejando cega a lu...

Ilusão (642)

Vens todas as madrugadas/ prender-te nos meus sonhos,/ —estátua de Bizâncio/ esculpida em neve!/ e poisas a tua mâo/ mavia e leve/ nas minhas pálpebras magoadas.../ / Vens toda nua, recortada e...

Para Voltar (643)

A ver-te/ Um só instante,/ A ti,/ Que és mais bela que a lua,/ Antes que a manhã recolha/ As estrelas/ Uma a uma/ E as guarde/ Do outro lado do céu,/ / Vou atravessar/ O rio/ Coberto de holofotes...
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Ascensão (644)

Beijava-te como se sobe uma escadaria:/ pedra a pedra, do luminoso para o obscuro,/ do mais visível para o mais recôndito/ - até que os lábios fossem/ não o ardor da sede, nem sequer a magia/ da...

Gosto da Tua Boca (645)

Gosto da tua boca quando sabe/ a chocolate, a vinho tinto de Portalegre,/ a mar (é sempre a mesma coisa, tem/ de aparecer sempre o mar), pensando/ bem gosto da tua boca sempre./ / Às vezes a tua bo...

A Quem Darei Todos os Dias da Minha Vida?  (646)

A quem darei todos os dias da minha vida? A voz que levo/ em mim impressa como o rumor dos jardins, os rebanhos/ descem pelas encostas, a neve abandona as giestas,/ uma banda de província comemora o...
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Escrevias pela Noite Fora (647)

Escrevias pela noite fora. Olhava-te, olhava/ o que ia ficando nas pausas entre cada/ sorriso. Por ti mudei a razão das coisas,/ faz de conta que não sei as coisas que não queres/ que saiba, acabe...

Bolor (648)

Os versos/ que te digam/ a pobreza que somos,/ o bolor nas paredes/ deste quarto deserto,/ o orvalho da amargura/ na flor/ de cada sonho/ e o leito desmanchado/ o peito aberto/ a que chamaste/ amor./...

Não Sei Meu Amor (649)

Não sei/ meu amor/ porque a memória/ se fecha/ quando do abismo da vida/ já tombaram os meus olhos/ na aridez da esperança./ / Não sei/ meu amor/ porque a memória/ chora, oculta/ se ninguém a ...

Provençal (650)

Em um solar de algum dia/ Cheiinho de alma e valia,/ Foi ali/ Que ao gosto de olhos a vi/ / Como dantes inda vasto/ Agora/ Não tinha pombas nem mel./ E à opulência de outrora,/ Esmoronado e já ga...
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