893 Poemas
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Tentara o Amor de Abril (741)
Tentara o amor de Abril tornar mais duro,/ Naquele mês de céu azul cortado/ Pelas pandorgas cor do assombro, o brado/ Que no meu peito armava o meu futuro;/ / Porque de novo, a procurar, procuro,/ ...
Suma Teológica (742)
Não vim de longe, meu amor, nem sossobraram/ navios no alto mar, quando nasci./ / Nada mudou. Continuaram as guerras;/ continuou a subir o preço do pão;/ continuaram os poetas, uma vez por outra,/...
Quando a Morte Vier, Meu Amor (743)
Quando a morte vier, meu amor,/ fechemos os olhos para a olhar por dentro/ e deixemos aos nossos lábios o murmúrio/ da palavra branda jamais pronunciada/ e à s nossas mãos a carÃcia dispersa;/ re...
Ausência (744)
Meu amor, como eu sofro este tormento/ da tua ausência!... Ando magoada/ como a folha arrancada pelo vento/ ao carinhoso anseio da ramada.../ / Procuro desviar o pensamento.../ mas oiço ao longe a ...
Mimos para Elisa (745)
elisa. elisa tem ancas gordas e beiços carnudos./ elisa gosta de telefonar ao noivo. sentada no so/ fá, com o joãozinho à beira, marca o número e diz:/ elisa sim meu bem. entretanto o joãozinho...
As Palavras de Adeus (746)
A realidade é maior que a verdade meu amor/ somos mais do que o sol e do que o mar e/ em nenhuma metáfora cabemos/ mesmo quando dizemos eu/ sou a música tu és o luar/ / com cadeias de ferro nos u...
Amo-te na Carne que Tomaste do Chão que Aplaino (747)
Amo-te na carne que tomaste do chão que aplaino/ Com as mãos/ Com as palavras que escrevo e apago/ Na areia, no cérebro./ Amo-te com o cérebro em ferida/ Pensando-te/ Remédio que derramas em mim...
Paisagem Única (748)
Olhas-me tu: e nos teus olhos vejo/ Que eu sou apenas quem se vê: assim/ Tu tanto me entregaste ao teu desejo/ Que é nos teus olhos que eu me vejo a mim./ / Em ti, que bem meu corpo se acomoda!/ Ah...
O Seu Nome (749)
I/ / Ella não sabe a luz suave e pura/ Que derrama n'uma alma acostumada/ A não vêr nunca a luz da madrugada/ Vir raiando senão com amargura!/ / Não sabe a avidez com que a procura/ Ver esta vis...
Ninguém o Tinha Amado, Afinal (750)
O pastor amoroso perdeu o cajado,/ E as ovelhas tresmalharam-se pela encosta,/ E de tanto pensar, nem tocou a flauta que trouxe pira tocar./ Ninguém lhe apareceu ou desapareceu./ Nunca mais encontro...
