Pediste-me sorrindo, ó minha flor gentil,/ Uns versos às tuas vinte alvoradas de Abril./ Vinte anos já!... não creio, estás equivocada.../ Enganas-te. Eu irei perguntar à alvorada/ Quantas veze...

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É tão triste morrer na minha idade!/ E vou ver os meus olhos, penitentes/ Vestidinhos de roxo, como crentes/ Do soturno convento da Saudade!/ / E logo vou olhar (com que ansiedade! ...)/ As minhas ...
Livro de Mágoas

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Há um ano que os teus gestos andam/ ausentes da nossa freguesia/ Tu que eras destes campos/ onde de novo a seara amadurece/ donde és hoje?/ Que nome novo tens?/ Haverá mais singular fim de semana/...

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É tempo/ de regressar/ a casa/ / A poesia/ não está/ na rua/ / Adília Lopes, in 'A �rvore Cortada'...

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E de repente chegas aos/ quarenta e tal anos/ / e palavras como colesterol/ hipertensão astigmatismo/ / começam a invadir a tua/ vida... Olhas para trás e/ / o que vês? Uma pomba/ com uma das asa...

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Ao princípio, era a doença de ser, pura e simples/ exaltação das trevas de que a casa era a luz do mundo./ Ao princípio, estava o amor oculto no secreto fio/ da memória do mundo. Ao princípio,...

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Com a altura da idade a casa se acrescenta./ Não é que aumente a quantidade ao espaço./ Mas, sendo mais longínquos, o desapego pensa/ maior distância quando se fica a olhá-lo./ Ou, se quiserem,...

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Mulher, de quinze a vinte é fresca rosa;/ De vinte, a vinte e cinco é de exp'rimenta./ De vinte cinco a trinta, a graça aumenta:/ Ditoso nesta idade quem a goza!/ / De trinta a trinta e cinco é m...

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Blocos de ouro branco na boca/ fios de prata na barba/ Ó tempo/ me torno valioso/ e não me valho/ / Diz que amor é urgente mas não corro/ diz que a vida é agora mas n...

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Os meus cavalos/ espantaram-se/ / Como o Hipólito/ da tragédia grega/ bocados de mim/ pendem/ dos arbustos/ / Adília Lopes, in 'A �rvore Cortada'...

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