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70 Poemas

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Uma Beleza Dificílima (41)

O silêncio/ abre/ o coração das sombras./ Por tal sossego, as árvores/ caminham. Mas são as mulheres quem lhes assegura/ a elegância do porte./ / A harmonia vem do peso da luz/ sob a cabeça. D...

O Mundo Velho (42)

Nas crises d'este tempo desgraçado,/ Quando nos pomos tristes a espalhar/ Os olhos pela historia do passado.../ Quem não verá, contente ou consternado,/ - Mundo velho que estás a desabar - ?!.../...

Tio e Sobrinho (43)

À memória de/ Manoel José da Costa Filho/ / 1./ / Onde a Mata bem penteada/ do trópico açucareiro,/ o tio-afim, mais a fim/ que outros de sangue e de texto,/ dava ao sobrinho menino/ ate...
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Ser Real é a Única Coisa Verdadeira do Mundo (44)

Todas as teorias, todos os poemas/ Duram mais que esta flor./ Mas isso é como o nevoeiro, que é desagradável e húmido,/ E maior que esta flor.../ O tamanho, a duração não têm importância nen...

Estive Pensando Hoje de Manhã (45)

Estive pensando hoje de manhã/ que fino trabalho fez o céu?/ para amanhecer com cara de romã?/ Estive pensando hoje de manhã/ onde será que nascem os ventos?/ para viverem assim de déu em déu?...

Barganha (46)

Domingo é dia de barganha./ Troco um relógio dos antigos/ por um cavalo rosilho,/ um bode por um trinca-ferro,/ e uma roda de cabriolé/ por um radinho de pilha./ Troco um gibão de cigano/ pela se...
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Dia de Descanso (47)

Hoje reservo o dia inteiro para chorar/ É o domingo decadente em que muitos/ esperam pela morte de pé/ É o dia do sarro que vem à boca da mediocridade/ circular dos gestos que andam disfarÃ...

O Mundo (48)

O mundo, tal como o entendo,/ Não vai além daquilo que o cego/ De cor e sombra pode encontrar/ Na escuridão que é a sua sina;/ Este mundo, imenso e luzente,/ O qual nós viemos he...

Enfermaria Nove (49)

13/ / Correram as cortinas: construíram/ um último lugar, - indefinido/ trânsito: funesto, ou devido/ aos olhos que dez vezes já o viram/ / erguido sobre o chão de um tal piso./ Ridículo volume...

Anoitece na Aldeia (50)

Anoitece na aldeia/ e numa animação de fábula/ as pessoas recolhem às casas./ / Das chaminés, pelos telhados/ o fumo já faz parte da noite./ / O amarelo das janelas/ pontilha o preto./ / O vent...
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