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70 Poemas

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Nuvens (31)

No dia triste o meu coração mais triste que o dia... / Obrigações morais e civis? / Complexidade de deveres, de consequências? / Não, nada... / O dia triste, a pouca vontade para tudo... / Nada...

Acordar na Rua do Mundo (32)

madrugada, passos soltos de gente que saiu/ com destino certo e sem destino aos tombos/ no meu quarto cai o som depois/ a luz. ninguém sabe o que vai/ por esse mundo. que dia é hoje?/ soa o sino sÃ...

Escola (33)

O que significa o rio,/ a pedra, os lábios da terra/ que murmuram, de manhã,/ o acordar da respiração?/ / O que significa a medida/ das margens, a cor que/ desaparece das folhas no/ lodo de um ch...
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Lisboa (34)

Cidade branca/ semeada/ de pedras/ / Cidade azul/ semeada/ de céu/ / Cidade negra/ como um beco/ / Cidade desabitada/ como um armazém/ / Cidade lilás/ semeada/ de jacarandás/ Cidade dourada/ / se...

Basta, não Posso Mais, Mundo Enganoso! (35)

Basta, não posso mais, Mundo enganoso!/ Findaram para mim teus vãos prazeres./ Envelheci com eles, que mais queres/ Deste escravo ancião, fraco e rugoso?/ / Se o teu carro triunfal puxei, fogoso,/...

Algumas Horas Outras (36)

1/ / algumas horas outras invadiram as sedas, os perfumes/ ácidos da louça, não serão recordadas, ou quanto mais/ as recordarmos, mais a ignorância deitará/ os corpos no tapume de vidros, para ...
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Sem outro Intuito (37)

Atirávamos pedras/ à água para o silêncio vir à tona./ O mundo, que os sentidos tonificam,/ surgia-nos então todo enterrado/ na nossa própria carne, envolto/ por vezes em ferozes transparênci...

Estar no Mundo (38)

Ao corpo colados a silenciosas/ colunas de sal pavimentados eis os muros/ paralelos eis as rápidas deformações da/ linguagem (cálido ascetismo)/ de quem arde por dentro — estar no mundo/ é teu...

Usos Deste Mundo (39)

Nas praças uns perguntam novidades;/ Outros dão volta às ruas, ao namoro;/ Este usuras cobrar, esse as demandas/ Lembrar corre ao Juiz que se diverte./ Ir de Jano aprender a ser bifronte,/ De Merc...

Aquela que Cantei na Doce Lira (40)

Aquela que cantei na doce lira,/ Que já do Tempo estragos tem sentido,/ Inda veio, com seu garbo fingido,/ Tentar meu coração, que em paz respira./ / Mas, qual duro rochedo que não vira,/ Por mai...
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