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118 Poemas

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Um Vento Muito Leve Passa (51)

Leve, leve, muito leve,/ Um vento muito leve passa,/ E vai-se, sempre muito leve./ E eu não sei o que penso/ Nem procuro sabê-lo./ / Alberto Caeiro, in O Guardador de Rebanhos - Poema XIII ...

Fogo (52)

Faísca luminar da etérea chama/ Que acendes nossa máquina vivente,/ Que fazes nossa vista refulgente/ Com eléctrico gás, com subtil flama:/ / A nossa construção por ti se inflama;/ Por ti, o n...

Tempo Livre (53)

Numa tarde de domingo, em Central Park, ou/ numa tarde de domingo, em Hyde Park, ou/ numa tarde de domingo, no jardim do Luxemburgo, ou/ num parque qualquer de uma tarde de domingo/ que até pode ser...
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Os Figos Pretos (54)

- Verdes figueiras soluçantes nos caminhos!/ Vós sois odiadas desde os seculos avós:/ Em vossos galhos nunca as aves fazem ninhos,/ Os noivos fogem de se amar ao pé de vós!/ / - Ó verdes fi...

Pétala Dobrada para Trás da Rosa (55)

Pétala dobrada para trás da rosa que outros dizem de veludo./ Apanho-te do chão e, de perto, contemplo-te de longe./ / Não há rosas no meu quintal: que vento te trouxe?/ Mas chego de longe de re...

Adamastor Cruel! De Teus Furores (56)

Adamastor cruel! De teus furores/ Quantas vezes me lembro horrorizado!/ Ó monstro! Quantas vezes tens tragado/ Do soberbo Oriente os domadores!/ / Parece-me que entregue a vis traidores/ Estou vendo...
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Pensamentos Nocturnos (57)

Lastimo-vos, ó estrelas infelizes,/ Que sois belas e brilhais tão radiosas,/ Guiando de bom grado o marinheiro aflito,/ Sem recompensa dos deuses ou dos homens:/ Pois não amais, nunca conhecestes ...

Mediadora do Vento (58)

Ligeira sobre o dia/ ao som dos jogos,/ desliza com o vento/ num encantado gozo./ / Pelas praias do ar/ difunde-se em prodígios./ Tudo é acaso leve,/ tudo é prodígio simples./ / Pequena e magníf...

A Voz da Tília (59)

Diz-me a tília a cantar: Eu sou sincera,/ Eu sou isto que vês: o sonho, a graça,/ Deu ao meu corpo, o vento, quando passa,/ Este ar escultural de bayadera.../ / E de manhã o sol é uma cratera,/...
Charneca em Flor

Aquela Senhora Tem um Piano (60)

Aquela senhora tem um piano/ Que é agradável mas não é o correr dos rios/ Nem o murmúrio que as árvores fazem .../ Para que é preciso ter um piano?/ o melhor é ter ouvidos/ E amar a Natureza....
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