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118 Poemas

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Já Sobre o Coche de Ébano Estrelado (71)

Já sobre o coche de ébano estrelado, / Deu meio giro a Noite escura e feia, / Que profundo silêncio me rodeia / Neste deserto bosque, à luz vedado!/ / Jaz entre as folhas Zéfiro abafado, / O Tej...

Um Poente Triste (72)

Nunca sei como é que se pode achar um poente triste./ Só se é por um poente não ter uma madrugada./ Mas se ele é um poente, como é que ele havia de ser uma madrugada?/ / Alberto Caeiro, in ...

Mordo a Terra (73)

Mordo a terra./ A terra/ tem um gosto/ a espanto,/ tem um gosto/ a vida,/ tem um gosto/ a suor,/ tem um gosto/ a estrume,/ tem um gosto/ a sol./ / Armindo Rodrigues, in 'Rio Sem Fim (XLV)'...
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Febre Vermelha (74)

Rozas de vinho! Abri o calice avinhado!/ Para que em vosso seio o labio meu se atole:/ Beber até cair, bebedo, para o lado!/ Quero beber, beber até o ultimo gole!/ / Rozas de sangue! Abri o vosso p...

Um Renque de Árvores lá Longe (75)

Um renque de árvores lá longe, lá para a encosta./ Mas o que é um renque de árvores? Há árvores apenas./ Renque e o plural árvores não são cousas, são nomes./ Tristes das almas humanas, qu...

Nota Discordante (76)

Porque razão sorri a Natureza à minha volta? / / Reparem na discordância.../ / É como um grito de revolta/ que se solta/ por aí fora.../ / ... e não encontra obstáculo para o eco.../ / Fern...
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O que Ouviu os Meus Versos (77)

O que ouviu os meus versos disse-me: Que tem isso de novo?/ Todos sabem que unia flor é uma flor e uma árvore é uma árvore./ Mas eu respondi, nem todos, (?.......... )/ Porque todos amam as flor...

Pobres das Flores dos Canteiros (78)

Pobres das flores dos canteiros dos jardins regulares./ Parecem ter medo da polícia.../ Mas tão boas que florescem do mesmo modo/ E têm o mesmo sorriso antigo/ Que tiveram para o primeiro olhar do...

Água (79)

O líquido delgado e transparente/ Com que o barro amassou o Autor sob'rano,/ Da insigne construção do corpo humano,/ Que temperas do home o fogo ardente!/ / Quando a chama se ateia em continente/ ...

Pinheiro Manso (80)

Copado, alto, gentil Pinheiro Manso;/ Debaixo cujos ramos debruçados/ Do sol ou lua nunca penetrados,/ Já gozei, já gozei mais que descanso.../ / Quando para onde estás os olhos lanço,/ Tantos g...
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