Gilberto Mendonça Teles

Brasil
n. 30 Jun 1931
Poeta/Crítico

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Tecido

O texto tem sua face
de avesso na superfície:
é dia e noite, sintaxe
do que se pensa, ou se disse.

Tudo no texto é disfarce,
ritual de voz e artifício,
como se tudo falasse
por si mesmo, na planície.

Seja por dentro ou por fora,
seja de lado ou durante,
o texto é sempre demora:

o descompasso da escrita
e da leitura no grande
intervalo dos sentidos.

Gilberto Mendonça Teles, in 'Arte de Armar'




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Outros Poemas de Gilberto Mendonça Teles:

1. Paixão
2. Tecido
3. Absurdo
4. Módulo
5. Anulação
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