O homem é um ser que tem necessidades na medida em que pertence ao mundo sensível, e, a esse respeito, a sua razão tem certamente um encargo que não pode declinar em relação à sensibilidade, o de se ocupar dos interesses da última, o de constituir máximas práticas, em vista da felicidade desta vida e também, quando é possível, da felicidade de uma vida futura. Mas não é, no entanto, tão completamente animal para ser indiferente a tudo o que a razão lhe diz por ela mesma e para empregá-la simplesmente como um instrumento próprio para satisfazer as suas necessidades como ser sensível. Pois o facto de ter a razão não lhe dá absolutamente um valor superior à simples animalidade, se ela só devesse servir-lhe para o que o instinto realiza nos animais.

Emmanuel Kant, in 'Crítica da Razão Prática'

1. O Casamento é a Mais Rica Aventura Humana
2. A Preguiça como Obstáculo à Liberdade
3. A Boa Vontade
4. A Razão é Contrária à Felicidade
5. Moralidade e Felicidade
6. A Liberdade só Existe com Lei e Poder
7. O Amor Sugado
8. Do Juízo Estético
9. A Caridade como Dever
10. Os Dois Infinitos
11. Razão e Entendimento
12. A Necessidade da Metafísica
13. Casamento e Fusão Moral
14. Uma Pessoa
15. A Insociável Sociabilidade dos Homens
16. Os Germes da Natureza
17. Ã‰ Impossível Criar um Ser Livre
18. A Liberdade não Existe na Natureza
19. Opinião, Fé e Ciência
20. O Limite da Lógica
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