José Luís Nunes Martins

Portugal
n. 14 Mar 1971
Filósofo
Publicidade

O Amor é uma Brisa

Suave, vem de longe beijar a face dos que o esperam, abraça‑os, envolve‑os e eleva ‑os tão alto quanto as estrelas.
Aliança íntima de toda a vida, liga duas existências com um compromisso que, como um vento, vai de um coração a outro.
Invisível, conhece ‑se apenas por aquilo que faz. Uma aragem, sublime.
Num jogo de equilíbrios, os que se amam fortalecem ‑se através do que têm de comum e fortalecem ‑se, da mesma forma, no que têm de diferente, mas complementar. No demais, perdoam‑se.
As tempestades não servem para que nos deixemos levar por elas para um lugar qualquer que nem elas sabem qual é. Testam os nossos propósitos e a firmeza com que neles acreditamos. A força do perdão é capaz de acalmar um furacão.
A eterna esperança é a raiz do nosso ser. A promessa da felicidade já é razão para uma alegria verdadeira e concreta, que nos faz crescer nas virtudes que nos farão alcançar a paz do sorriso de quem navega os mares do infinito.
A diferença entre o vento e o amor é que o vento é alheio à vontade humana, por mais iluminada e animada que seja.
Amar não é ser amado. A reciprocidade pode acontecer em alguns casos. O amor é, em absoluto, pessoal, não dependendo de coisa alguma.
Tal como o vento é capaz de fazer mover as areias do deserto, assim também o sopro do amor liberta o homem do pior dos nevoeiros: o egoísmo.
A intensidade certa é essencial... nem de mais, nem de menos. A constância também... apesar de comportar algumas falhas. A direção é o mais importante, pois quando não vai de mim para o outro... não é amor.

José Luís Nunes Martins, in 'As Obras do Amor'




Publicidade

Publicidade

Publicidade

Publicidade

© Copyright 2003-2025 Citador - Todos os direitos reservados | SOBRE O SITE