A mais obstinada teimosia parece ser um atributo de auto-estima «no sítio» quando, no fundo, as pessoas só são convencidas ou teimosas quando confiam pouco no que valem para os outros.

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Os números (estatísticas) são, muitas vezes, uma forma de iludirmos o desconhecido, com a grandiosidade própria de quem está acima dele.

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Há uma diferença grande entre a coscuvilhice e a curiosidade. A curiosidade apela para pensar. A coscuvilhice ampara a preguiça. A curiosidade mexe com a humanidade: puxa-nos para o lugar dos outros, tentando perceber o que possam sentir, o que os leva a agir ou o que possam pensar. A coscuvilhice é uma forma de os desqualificarmos sem sermos nós a dizer mal deles.

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O sentimento de inveja a que chamamos ambição deve estar à «flor da pele». Não é vergonha: é saúde. Sempre que uma pessoa o nega está doente, porque imagina que o seu desejo destrói os outros. Sempre que a valoriza, sobre todas as coisas, está doente, porque é como o seu desejo existisse para o tornar feliz sozinho

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As pessoas só se «armam» em crescidas porque lhes falta alguém junto de quem possam, sem vergonha, continuar pequeninas à vontade

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O desejo de sermos adorados sucede quando nos sentimos mal-amados

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A melhor forma de não perder nada não é guardar: mas compartilhar

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Será aquilo em que se toca que dá verdade ao que sentimos, ou são os nossos sentimentos que tornam real tudo em que se toca?

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O silêncio só é silêncio quando não somos capazes de escutar com o coração

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As emoções tornam tão irrepetível tudo o que vivemos que, depois de vividos, todos os acontecimentos... «já eram». Isto é, por mais que os tentemos descrever, deixam de ser, exactamente, como os vivemos e, por isso, tornam-se... mentira

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