Actualidades: Política

163 Citações

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Marinho , Luís

A Europa é uma utopia, um conceito e uma ideia que só se materializa numa fórmula coerente pela força da combinação ideal entre emoção e racionalidade. De certa forma, é um produto superior da inteligência política. Quando a quiseram fazer por via de outros instrumentos, designadamente pela coacção ou pela violência, o resultado foi a guerra e tudo o que se lhe seguiu

Diário Económico / 20031013

Fernandes , Luís

A persuasão, quando é levada ao limite, roça a mentira. A mentira é o lugar que resulta da exploração sistemática da persuasão. Quando a persuasão tende para o infinito, como diria um matemático, estamos em pleno espaço da mentira. E é por isso que hoje a mentira, em política, é infinita. E é também por isso que é impune - porque se confunde com a persuasão e esta com a habilidade discursiva. (Mas) a habilidade discursiva não deve ser punida

Público / 20031001

Cabral , Manuel

A crise da representação é um dos factores da perda de capacidade dos partidos para conquistar adeptos, mobilizar os eleitores e liderar o processo político, para não falar da capacidade para orientar a mudança social. (...) O problema reside na ausência de representação para interesses maioritários em questões relevantes da vida política. (...) É lícito começar a perguntar se os partidos políticos não serão instituições demasiado arcaicas e grosseiras para representar e gerir sociedades tão complexas como as nossas

Diário de Notícias / 20030919

Sousa Tavares , Miguel

A mais comum das formas de mentir na política é a omissão de factos inconvenientes, mesmo e sobretudo quando eles são de interesse político. Uma má notícia nunca parte espontaneamente da boca de um político: quando muito ele confirma-a, depois de ela ter sido denunciada por outrem. (...) Outra forma de mentira habitual consiste em desviar as atenções do fundamental de uma questão, propondo antes questões acessórias que evitem ter de se responder ao essencial (...) A terceira forma de mentira é a pior de todas: é a mentira, fria e consciente. A pura distorção ou invenção da verdade. Este tipo de mentira remete-nos, imediatamente, para o caso do Iraque e das célebres provas de existência de armas de destruição maciça, que Bush e Blair juraram existir e que Durão Barroso garantiu ter visto como os seus próprios olhos

Público / 20030919

Sousa Tavares , Miguel

A ideia de que os políticos são mentirosos contumazes e incorrigíveis está profundamente enraizada na relação entre eles e os seus eleitores. (...) Pessoas que, na vida civil, são sérias e verdadeiras, incapazes de mentir de olhos nos olhos, habituam-se com uma facilidade estranha a mentir, quando pela frente têm não o par de olhos do interlocutor momentâneo, mas sim a massa anónima e invisível dos destinatários do discurso político. Se perguntarmos aos políticos, por sua vez, por que mentem eles, a resposta fatal é negar essa afirmação. Se insistirmos muito e os conseguirmos atrair para um "momento de verdade", talvez nos confessem então que mentem por necessidade circunstancial: para defender o que acreditam ser o bem comum ou uma política que precisa de ser levada a cabo. No fundo, que os fins justificam a mentira

Público / 20030919

Lomba , Pedro

Nós somos uns trágicos e não temos, evidentemente, o mais pequeno respeito por políticos ou por quem nos governa. Quando um governante está em apuros, queremo-lo logo fora de cena. (...) Antes de reclamarmos a demissão de um governante, era bom que o obrigássemos a explicar-se, a dar informação, a emendar erros, a esclarecer dúvidas; numa palavra, usada amplamente nas democracias antigas, a prestar contas. E, depois da demissão da personagem, convinha que não nos esquecêssemos do que ela nos fez. Chama-se a isto responsabilidade política, um princípio mais sério e mais vasto do que o sadismo demissionário e a curta memória que caracterizam a política portuguesa. Mas nós não queremos saber. Quando uns se forem, outros virão. Talvez os mesmos

Diário de Notícias / 20030916

Feitas da Costa , Miguel

Na Europa actual estamos perante uma modalidade original de golpe de Estado, em que a violência não é a das armas: uma classe dirigente internacional ocupou um «segmento pequeno mas crítico do aparelho» supra-estatal e quer substituir os regimes e os governos do Continente pela submissão dos Estados aos seus ditames burocráticos

Diário Económico / 20030915

Almeida , São José

O desleixo e o abandono da fiscalização das estradas (...) revela uma razão mais profunda, que mais não é do que a consequência de campear em Portugal, à direita e à esquerda, uma bacoca, deslumbrada e provinciana sedução por teses já gastas e falidas de que o desenvolvimento passa exclusivamente pela livre iniciativa

Acerca do facto do Estado ter entregue a fiscalização das estradas a empresas privadas
Público / 20030913

Almeida Sande , Paulo

Em termos políticos e numa palavra: sim aos objectivos, sim à luta contra o terrorismo como prioridade primeira, sim à coligação das democracias liberais. Sim. Mas não aos meios usados, ao unilateralismo, à arrogância e ao facto consumado. O que causará a estranha atracção pelos extremos que afecta tantas mentes superiores? Civilizada é a superação da tendência humana para o maniqueísmo social, entre acção e reacção, esquerda e direita, bons e maus.

Diário de Notícias / 20030912

Santos , Odete

Na praia também existe luta de classes

Visão / 20030911
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