Actualidades: Comunicação

90 Citações

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Pereira , Pacheco

Há momentos a que a uns convém que se fale, a outros que se faça silêncio. Nas sociedades democráticas, não há nunca silêncio, porque o silêncio fala, embora também possa apenas haver ruído

Público / 20031023

Ilharco , Fernando

A tradicional explicação de que a informação é o adicionar de significado aos dados não colhe, porque implica a possibilidade de indicar dados, enquanto informação sem significado, o que evidentemente, num mundo humano onde o significado é a sua natureza, é impossível

Público / 20031020

Ilharco , Fernando

Que os mesmos dados ou informação têm diferentes significados para diferentes pessoas é algo por demais evidente

Público / 20031020

Ilharco , Fernando

Se a informação não é transparente, se uma distinção ou uma diferença varia o seu significado, isto é, o que ela mesma é enquanto aquilo que é, de pessoa para pessoa, de situação para situação, de contexto para contexto, então o carácter informativo da informação, a sua pressuposta transparência, deve ser colocada em questão e desse facto retiradas consequências

Público / 20031020

Serrano , Estrela

A velha questão de saber se são os jornalistas que manipulam os políticos ou se são estes que manipulam aqueles, está hoje ultrapassada pela questão de saber como é que políticos e jornalistas se manipulam entre si

Diário de Notícias / 20031013

Serrano , Estrela

Um jornal não está impedido de tomar posição relativamente a pessoas ou instituições, cujas funções, por serem de natureza pública, o justifiquem. É, aliás, normal e desejável que o faça, mas no local próprio – o editorial ou outros espaços de opinião

A propósito do uso de títulos sensacionalistas
Diário de Notícias / 20031009

Serrano , Estrela

Os jornalistas fornecem ao público «maneiras» de ver o mundo. Um acontecimento, qualquer que seja a sua natureza, pode ser apresentado segundo vários ângulos e enquadramentos, podendo suscitar sentimentos diversos e contraditórios, de acordo com o enfoque que lhe é conferido. Qualquer que seja a maneira como se apresentem, as notícias são sempre uma «construção da realidade», onde intervêm não apenas os jornalistas mas também os colaboradores de jornais, rádios e televisões oriundos de fora do campo jornalístico

Diário de Notícias / 20031005

Miguel Tavares , João

Umberto Eco disse um dia que a televisão cultivava as massas e embrutecia os intelectuais - o que pelo menos implicava uma convergência dos estratos sociais em direcção a um centro. Actualmente, é provável que já embruteça tanto uns como outros, e nesse movimento alguma coisa se perdeu: a TV deixou de ser uma máquina geradora de consensos, uma espécie de super-cola social, como foi durante décadas e ainda o era até há oito ou nove anos, quando no café todos conversavam sobre a novela da noite e se repetiam na rua as expressões aprendidas com os actores brasileiros. Mas essa é uma perda de poder que calha bem: o «centro», transformado em «pântano», já não está na moda, e a sociedade só tem a ganhar com o desdobramento dos olhares - fica-se melhor protegido contra a tirania da imagem única. Agradando cada vez a menos, hoje em dia não só é impossível à televisão vender um Presidente, como existe mesmo uma certa dificuldade em vender os sabonetes

Diário de Notícias / 20030923

Branquinho , Agostinho

Não raramente, os jornalistas tendem a dar relevo ao "espectáculo" em vez de contextualizarem as situações e delas dar o relevo informativo que lhes é merecido. Quer queiramos quer não, viver em sociedade obriga-nos, a todos, a obedecermos a um conjunto de regras, escritas ou consuetudinárias, as quais permitem um são e equilibrado convívio no colectivo. Dar relevo a comportamentos marginais, mitificando às vezes "heróis" que mais não são do que elementos com comportamentos sociais altamente perversos, não é, infelizmente, informação isenta e honesta.

Jornal de Notícias / 20030919

Pinto , Mário

A nossa civilização tem um grave problema, com este poder imenso e sem controlo da televisão. De facto, sendo considerada o mais potente dos instrumentos de influência social na educação e na cultura de massas, ela escapa-se ao respectivo estatuto e responsabilidades. (...) Apenas pela via política ou pela via económica não construiremos, e nem sequer sobreviverá, uma sociedade verdadeiramente justa e desenvolvida, material e espiritualmente. Tem que nela existir e se auto-sustentar determinantemente (embora em rede interactiva no seio do sistema geral) uma cultura de valores e virtudes. Que mantenha uma coesão sócio-cultural no respeito pela dignidade humana de cada pessoa, nunca redutível a simples consumidor num negócio televisivo milionário ou súbdito de um desígnio ideológico iluminista autoritário

Público / 20030915
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