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497 Citações

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Helder , Herberto

Há quem diga: não escrevo para os outros, ou: o interlocutor é inlocalizável. Os críticos respondem quase sempre à pergunta que não está ali para qualquer resposta.

Jornal Público, 4 Dezembro 1990

Helder , Herberto

Não existe prosa. A menos que se refiram os escritos, em prosa ou verso, que pretendem ensinar. Não há nada a ensinar embora haja tudo a aprender. Aquilo que se aprende vem do nosso próprio ensino, vem da pergunta.

Jornal Público, 4 Dezembro 1990

Helder , Herberto

Ninguém consegue aventurar-se na poesia coleccionando objectos - estátuas, estatuetas, jóias, devem ser jóias vivas, olhos de leoas maternas, insuportáveis coisas que nos contemplam, morre-se de ser assim contemplado.

Jornal Público, 4 Dezembro 1990
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Espanca , Florbela

Um livro é uma vaidade! Que importa ao mundo a côr da nossa imaginação, e as formas do nosso pensamento?

Pensamentos (manuscrito)

Espanca , Florbela

Concordo com a sua ideia: um soneto em cada página. Não tinha pensado na questão do papel. As mulheres, e muito mais as poetisas, têm todas "têtes de linottes".

Correspondência (1930)

Espanca , Florbela

Tenho uma tão grande vontade de ver o livro pronto, que parece-me hei-de morrer antes disso.

Correspondência (1930)
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Espanca , Florbela

Tenho dois livros: um de prosa, outro de versos, na gaveta, onde provavelmente ficarão todo o resto da minha vida, pois a minha incapacidade perante a vida prática é cada vez maior, e a minha triste qualidade de inadaptável é cada vez mais forte.

Correspondência (1930)

Espanca , Florbela

Os meus amigos dizem-me que sou uma insuportável orgulhosa, e é à viva força que me arrancam da gaveta, para os lançar às feras, como eu costumo dizer, os meus versos que são um pouco de mim mesma, e agora a minha prosa que, a dar-lhes ouvidos, seria a oitava maravilha do mundo! Resignei-me de vez e, presentemente, estou decidida a enveredar pelo caminho da "escrevinhação", já que para outra coisa não me sinto apta neste mundo.

Correspondência (1928)

Espanca , Florbela

Sou talvez uma banal menina nervosa, ou uma simples "détraquée" que tem contas com a medicina (...) Talvez... Não temos então o direito de gritar a nossa dor, o nosso desespero, o nosso tédio, porquê? Eu não disse nada disto fosse a quem fosse; tudo isto eu gritei para mim só. Publiquei o meu livro para fazer a vontade a meu pai e a outras pessoas que me pediram a publicação dos versos que eu nunca pensei em divulgar...

Correspondência

Espanca , Florbela

Tenho sempre na cabeça armazenadas algumas dezenas de coisas para impingir aos outros com o rótulo de versos.

Correspondência
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