Meus olhos, atentai no meu jazigo,
Que o momento da morte está chegado;
Lá soa o corvo, intérprete do fado;
Bem o entendo, bem sei, fala comigo:

Triunfa, Amor, gloria-te, inimigo;
E tu, que vês com dor meu duro estado,
Volve à terra o cadáver macerado,
O despojo mortal do triste amigo:

Na campa, que o cobrir, piedoso Albano,
Ministra aos corações, que Amor flagela,
Terror, piedade, aviso, e desengano:

Abre em meu nome este epitáfio nela:
“Eu fui, ternos mortais, o terno Elmano;
Morri de ingratidões, matou-me Isabela.�

Bocage, in 'Rimas'
// Consultar versos e eventuais rimas

1. Nascemos para Amar
2. O Leão e o Porco
3. Morte, Juízo, Inferno e Paraíso
4. Ã‰s dos Céus o Composto Mais Brilhante
5. Camões, Grande Camões, quão Semelhante
6. Nada se Pode Comparar Contigo
7. A Negra Fúria Ciúme
8. Sátira
9. A Rosa
10. Meu Ser Evaporei na Luta Insana
11. Amor Sem Fruto, Amor Sem Esperança
12. Magro, de Olhos azuis, Carão Moreno
13. Soneto Ditado na Agonia
14. Eu Me Ausento de Ti, Meu Pátrio Sado
15. Tu, Vã Filosofia
16. Se é Doce
17. Amor a Amor Nos Convida
18. Oh Retrato da Morte, oh Noite Amiga
19. Depois de Te Haver Criado, a Natureza Pasmou
20. Olhos Suaves, que em Suaves Dias
... Ver todos os 36 poemas