Alberto Caeiro
(Heterónimo de Fernando Pessoa)

Portugal
n. 16 Abr 1889
Poeta

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116 Poemas

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Os Meus Pensamentos são Todos Sensações (31)

Sou um guardador de rebanhos./ O rebanho é os meus pensamentos/ E os meus pensamentos são todos sensações./ Penso com os olhos e com os ouvidos/ E com as mãos e os pés/ E com o nariz e a boca./...

Se Eu Morrer Novo (32)

Se eu morrer novo,/ Sem poder publicar livro nenhum,/ Sem ver a cara que têm os meus versos em letra impressa,/ Peço que, se se quiserem ralar por minha causa,/ Que não se ralem./ Se assim acontec...

Aceita o Universo (33)

Aceita o universo/ Como to deram os deuses./ Se os deuses te quisessem dar outro/ Ter-to-iam dado./ / Se há outras matérias e outros mundos/ Haja./ / Alberto Caeiro, in Poemas Inconjuntos ...
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Ontem à Tarde um Homem das Cidades (34)

Ontem à tarde um homem das cidades/ Falava à porta da estalagem./ Falava comigo também./ Falava da justiça e da luta para haver justiça/ E dos operários que sofrem,/ E do trabalho constante, e ...

Quem Ama É Diferente de quem É (35)

Todos dias agora acordo com alegria e pena./ Antigamente acordava sem sensação nenhuma; acordava./ Tenho alegria e pena porque perco o que sonho/ E posso estar na realidade onde está o que sonho./...

A Criança que Pensa em Fadas (36)

A CRIANÇA que pensa em fadas e acredita nas fadas/ Age como um deus doente, mas como um deus./ Porque embora afirme que existe o que não existe/ Sabe como é que as cousas existem, que é existindo...
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Eu Queria Ter o Tempo e o Sossego Suficientes (37)

Eu queria ter o tempo e o sossego suficientes/ Para não pensar em coisa nenhuma,/ Para nem me sentir viver,/ Para só saber de mim nos olhos dos outros, reflectido./ / Alberto Caeiro, in Poemas ...

Verdade, Mentira, Certeza, Incerteza (38)

Verdade, mentira, certeza, incerteza.../ Aquele cego ali na estrada também conhece estas palavras./ Estou sentado num degrau alto e tenho as mãos apertadas/ Sobre o mais alto dos joelhos cruzados./...

Noite de S. João (39)

Noite de S. João para além do muro do meu quintal./ Do lado de cá, eu sem noite de S. João./ Porque há S. João onde o festejam./ Para mim há uma sombra de luz de fogueiras na noite,/ Um ruído...

Esqueço do Quanto me Ensinaram (40)

Deito-me ao comprido na erva./ E esqueço do quanto me ensinaram./ O que me ensinaram nunca me deu mais calor nem mais frio,/ O que me disseram que havia nunca me alterou a forma de uma coisa./ O que...
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