Fernando Pessoa

Portugal
13 Jun 1888 // 30 Nov 1935
Poeta

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90 Poemas

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Flor que não Dura (51)

Flor que não dura/ Mais do que a sombra dum momento/ Tua frescura/ Persiste no meu pensamento./ / Não te perdi/ No que sou eu,/ Só nunca mais, ó flor, te vi/ Onde não sou senão a terra e o céu...

Entre o Luar e a Folhagem (52)

Entre o luar e a folhagem,/ Entre o sossego e o arvoredo,/ Entre o ser noite e haver aragem/ Passa um segredo./ Segue-o minha alma na passagem./ / Tênue lembrança ou saudade,/ Princípio ou fim do ...

Atravessa Esta Paisagem o Meu Sonho (53)

Atravessa esta paisagem o meu sonho dum porto infinito/ E a cor das flores é transparente de as velas de grandes navios/ Que largam do cais arrastando nas águas por sombra/ Os vultos ao sol daquela...
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Ao Longe, ao Luar (54)

Ao longe, ao luar,/ No rio uma vela,/ Serena a passar,/ Que é que me revela?/ / Não sei, mas meu ser/ Tornou-se-me estranho,/ E eu sonho sem ver/ Os sonhos que tenho./ / Que angústia me enlaça?/ ...

O Maestro Sacode a Batuta (55)

O maestro sacode a batuta,/ A lânguida e triste a música rompe .../ / Lembra-me a minha infância, aquele dia/ Em que eu brincava ao pé dum muro de quintal/ Atirando-lhe com, uma bola que tinha du...

Fúria nas Trevas o Vento (56)

Fúria nas trevas o vento/ Num grande som de alongar,/ Não há no meu pensamento/ Senão não poder parar./ / Parece que a alma tem/ Treva onde sopre a crescer/ Uma loucura que vem/ De querer compre...
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Glosa (57)

Quem me roubou a minha dor antiga,/ E só a vida me deixou por dor?/ Quem, entre o incêndio da alma em que o ser periga,/ Me deixou só no fogo e no torpor?/ / Quem fez a fantasia minha amiga,/ Nega...

Do Vale à Montanha (58)

Do vale à montanha,/ Da montanha ao monte, cavalo de sombra,/ Cavaleiro monge,/ Por casas, por prados,/ Por Quinta e por fonte,/ Caminhais aliados./ / Do vale à montanha,/ Da montanha ao monte,/ Ca...

As Horas pela Alameda (59)

As horas pela alameda/ Arrastam vestes de seda,/ / Vestes de seda sonhada/ Pela alameda alongada/ / Sob o azular do luar.../ E ouve-se no ar a expirar -/ / A expirar mas nunca expira -/ Uma flauta qu...

Dorme Enquanto Eu Velo... (60)

Dorme enquanto eu velo.../ Deixa-me sonhar.../ Nada em mim é risonho./ Quero-te para sonho,/ Não para te amar./ / A tua carne calma/ É fria em meu querer./ Os meus desejos são cansaços./ Nem que...
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As Faces da Bondade

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