Florbela Espanca

Portugal
8 Dez 1894 // 8 Dez 1930
Poetisa

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135 Poemas

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Que Importa?... (51)

Eu era a desdenhosa, a indif'rente./ Nunca sentira em mim o coração/ Bater em violências de paixão/ Como bate no peito à outra gente./ / Agora, olhas-me tu altivamente,/ Sem sombra de Desejo ou ...
Livro de Sóror Saudade

O Meu Soneto (52)

Em atitudes e em ritmos fleumáticos,/ Erguendo as mãos em gestos recolhidos,/ Todos brocados fúlgidos, hieráticos,/ Em ti andam bailando os meus sentidos.../ / E os meus olhos serenos, enigmátic...
A Mensageira das Violetas

Nervos D'Oiro (53)

Meus nervos, guizos de oiro a tilintar/ Cantam-me n'alma a estranha sinfonia/ Da volúpia, da mágoa e da alegria,/ Que me faz rir e que me faz chorar!/ / Em meu corpo fremente, sem cessar,/ Agito os...
Charneca em Flor
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Volúpia (54)

No divino impudor da mocidade,/ Nesse êxtase pagão que vence a sorte,/ Num frêmito vibrante de ansiedade,/ Dou-te o meu corpo prometido à morte!/ / A sombra entre a mentira e a verdade.../ A nuve...
Charneca em Flor

Ódio? (55)

Ódio por Ele? Não... Se o amei tanto,/ Se tanto bem lhe quis no meu passado,/ Se o encontrei depois de o ter sonhado,/ Se à vida assim roubei todo o encanto,/ / Que importa se mentiu? E se hoje o ...
Livro de Sóror Saudade

Mendiga (56)

Na vida nada tenho e nada sou;/ Eu ando a mendigar pelas estradas.../ No silêncio das noites estreladas/ Caminho, sem saber para onde vou!/ / Tinha o manto do sol... quem mo roubou?!/ Quem pisou min...
Charneca em Flor
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Os Meus Versos (57)

Rasga esses versos que eu te fiz, amor!/ Deita-os ao nada, ao pó, ao esquecimento,/ Que a cinza os cubra, que os arraste o vento,/ Que a tempestade os leve aonde for!/ / Rasga-os na mente, se os sou...
A Mensageira das Violetas

Minha Terra (58)

A. J. Emídio Amaro/ / Ó minha terra na planície rasa,/ Branca de sol e cal e de luar,/ Minha terra que nunca viu o mar/ Onde tenho o meu pão e a minha casa.../ / Minha terra de tardes sem uma asa...
Charneca em Flor

Fumo (59)

Longe de ti são ermos os caminhos,/ Longe de ti não há luar nem rosas;/ Longe de ti há noites silenciosas,/ Há dias sem calor, beirais sem ninhos!/ / Meus olhos são dois velhos pobrezinhos/ Per...
Livro de Sóror Saudade

Nocturno (60)

Amor! Anda o luar todo bondade,/ Beijando a terra, a desfazer-se em luz.../ Amor! São os pés brancos de Jesus/ Que andam pisando as ruas da cidade!/ / E eu ponho-me a pensar... Quanta saudade/ Das ...
Livro de Sóror Saudade
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Inspirações

O Desejo e a Posse

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