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Maria Fernanda Teles de Castro e Quadros Ferro

Portugal
8 Dez 1900 // 19 Dez 1994
Escritora

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16 Poemas

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O Segredo é Amar (1)

O segredo é amar. Amar a Vida/ com tudo o que há de bom e mau em nós./ Amar a hora breve e apetecida,/ ouvir os sons em cada voz/ e ver todos os céus em cada olhar./ / Amar por mil razões e sem razão...

Alegria (2)

De passadas tristezas, desenganos/ amarguras colhidas em trinta anos,/ de velhas ilusões,/ de pequenas traições/ que achei no meu caminho...,/ de cada injusto mal, de cada espinho/ que me deixou no p...

Distância (3)

Não vás para tão longe!/ Vem sentar-te/ Aqui na chaise-longue, ao pé de mim.../ Tenho o desejo doido de contar-te/ Estas saudades que não tinham fim./ / Não vás para tão longe;/ Quero ver/ Se ...
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Alma Serena (4)

Alma serena, a consciência pura,/ assim eu quero a vida que me resta./ Saudade não é dor nem amargura,/ dilui-se ao longe a derradeira festa./ / Não me tentam as rotas da aventura,/ agora sei que a m...

Os Anos são Degraus (5)

Os anos são degraus, a Vida a escada./ Longa ou curta, só Deus pode medi-la./ E a Porta, a grande Porta desejada,/ só Deus pode fechá-la,/ pode abri-la./ / São vários os degraus; alguns sombrios,/ ou...

Três Poemas da Solidão (6)

I/ / Nem aqui nem ali: em parte alguma./ Não é este ou aquele o meu lugar./ Desço à praia, mergulho as mãos no mar,/ mas do mar, nos meus dedos, fica a espuma./ / Meu jardim, minha cerca, meu pomar./...
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Já não Vivi, Só Penso (7)

Já não vivo, só penso. E o pensamento/ é uma teia confusa, complicada,/ uma renda subtil feita de nada:/ de nuvens, de crepúsculos, de vento./ / Tudo é silêncio. O arco-íris é cinzento,/ e eu cada ve...

Silêncio, Nostalgia... (8)

Silêncio, nostalgia.../ Hora morta, desfolhada,/ sem dor, sem alegria,/ pelo tempo abandonada./ / Luz de Outono, fria, fria.../ Hora inútil e sombria/ de abandono./ Não sei se é tédio, sono,/ silênci...

Não Fora o Mar! (9)

Não fora o mar,/ e eu seria feliz na minha rua,/ neste primeiro andar da minha casa/ a ver, de dia, o sol, de noite a lua,/ calada, quieta, sem um golpe de asa./ / Não fora o mar,/ e seriam contados ...

Meditação (10)

Às vezes, quando a noite vem caindo,/ Tranquilamente, sossegadamente,/ Encosto-me à janela e vou seguindo/ A curva melancólica do Poente./ / Não quero a luz acesa. Na penumbra,/ Pensa-se mais e pensa...
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