Mário Faustino

Brasil
22 Out 1930 // 27 Nov 1962
Poeta/Jornalista

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Carpe Diem

Que faço deste dia, que me adora?
Pegá-lo pela cauda, antes da hora
Vermelha de furtar-se ao meu festim?
Ou colocá-lo em música, em palavra,
Ou gravá-lo na pedra, que o sol lavra?
Força é guardá-lo em mim, que um dia assim
Tremenda noite deixa se ela ao leito
Da noite precedente o leva, feito
Escravo dessa fêmea a quem fugira
Por mim, por minha voz e minha lira.

    (Mas já se sombras vejo que se cobre
      Tão surdo ao sonho de ficar – tão nobre.
      Já nele a luz da lua – a morte – mora,
      De traição foi feito: vai-se embora.)

Mário Faustino, in 'Antologia Poética'




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